O Setembro Amarelo é o mês dedicado às campanhas de prevenção ao suicídio e nós não poderíamos deixar de abordar esse assunto importantíssimo.
O Setembro Amarelo é responsável por abordar de forma mais incisiva campanhas de prevenção ao suicídio. Mas, quando o tema principal são crianças e adolescentes, cabe falar de suicídio? A resposta para essa pergunta é SIM! Dados nos mostram que a taxa de mortalidade por suicídio entre crianças e adolescentes têm subido nos últimos anos.
As causas que levam as pessoas ao suicídio são inúmeras e muitas delas têm origem na infância do indivíduo, mesmo quando as tentativas aparecem na adolescência e na vida adulta.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nove em cada dez mortes por suicídio poderiam ser evitadas! Cabe a nós, adultos, estarmos atentos a sinais para adotar atitudes eficazes de prevenção.
A escola é um lugar de extrema importância para o desenvolvimento dos indivíduos em diversos sentidos. Passamos muito tempo de nossas vidas nesse ambiente, que nos proporciona inúmeras experiências que colaboram para o entendimento de conceitos relacionados à autoestima e à autoimagem, por exemplo.
A escola é o primeiro lugar onde as crianças têm oportunidades de se relacionar de maneira mais intensa com outras crianças de sua idade e, assim, compartilhar distintas formas de aprendizagens. É a partir dessas relações que podemos perceber alguns problemas com adaptação que podem interferir no repertório da criança.
O objetivo da campanha “Setembro Amarelo” é expandir informações sobre a prevenção ao suicídio. Existem vários materiais úteis alertando para mudanças de comportamento e para atenção à frases que podem caracterizar pensamentos suicidas.
Devido a um pequeno repertório verbal e cognitivo, devemos estar muito mais atentos aos comportamentos apresentados pelas crianças, que podem estar sinalizando um sofrimento.
Os educadores são pessoas que colaboram significativamente para o desenvolvimento cognitivo e social da criança e que dispõem de informações e recursos importantes para auxiliar os pequenos e as famílias em diversos aspectos. Alguns comportamentos disfuncionais aparecem no ambiente escolar e podem ser notados, primeiramente, pelos educadores. Nesse caso, eles devem possuir informações para ajudar a criança a superar determinadas dificuldades o mais cedo possível.
É importante que os professores estejam atentos quando algumas características individuais da criança acabam se destacando. A baixa autoconfiança, a falta de humor, chorar com facilidade, ter falta de habilidades sociais, mostrar isolamento e timidez são apenas alguns exemplos.
O desenvolvimento de laços de amizades são fundamentais para que a criança sinta-se feliz na sala de aula e compartilhe novos conhecimentos e descobertas. Se a criança está tendo alguma dificuldade nessa relação, novamente os educadores precisam estar atentos e buscar a melhor forma de ajudar.
Outro fator de grande importância para a prevenção de possíveis sintomas associados à ansiedade, depressão e situações de bullying, é a qualidade da aliança que o professor estabelece com o aluno. Se o educador tem habilidades para estar atento aos alunos e fazer as devidas intervenções nos momentos apropriados, muitos problemas serão evitados e muitos ganhos a criança vai obter.
Esse é o tema da campanha deste ano do “Setembro Amarelo”. Nós precisamos estar atentos aos sinais que são apresentados pelas pessoas que estão em sofrimento, sejam elas crianças, adolescentes, adultos ou idosos, para poder ajudá-las.
Crianças e adolescentes precisam da ajuda dos adultos para lidar com a maior parte das suas dificuldades. Vamos deixar de atribuir os problemas que elas possam estar apresentando à “fase do desenvolvimento”. Quanto mais cedo cuidarmos da dificuldade, mais fácil e rapidamente ela será resolvida. Não deixe de encaminhar uma criança à ajuda especializada por acreditar que “é uma fase” ou que ela é muito pequena para ter isso.
Deixo aqui alguns sites pra você encontrar mais informações sobre essa campanha importantíssima. O primeiro é o site oficial do Setembro Amarelo e o segundo é do CVV.
O CVV – Centro de Valorização da Vida – realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntariamente e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email e chat 24 horas, todos os dias. Informações pelo número: 188.
Estou à disposição para conversar sobre qualquer assunto relacionado a esse tema
Nadia Favretto