Entenda sobre a Psicoterapia Infantil

24.09.18

Os pais buscam atendimento para seus filhos por diferentes motivos. Algumas crianças estão ansiosas demais, outras tendo problemas de aprendizagem ou de relacionamento na escola, outras são muito agitadas e não conseguem se concentrar em determinadas tarefas. Outras ainda se comportam mal e não obedecem os pais, algumas estão apresentando algum atraso no desenvolvimento… Enfim, inúmeras situações são motivo de preocupação. Junto com as queixas relatadas, os pais costumam demonstrar sentimentos de impotência, frustração e apresentam muitas dúvidas em relação a suas condutas. Nas sessões de psicologia com as crianças, busco, em um primeiro momento, entender a queixa trazida pelos pais investigando a origem dela e procurando o que está fazendo com que determinado comportamento persista. Essa “investigação” ocorre no contato com os responsáveis, quando são abordados fatores relacionados ao desenvolvimento daquela criança e à sua história de aprendizagem, e também nas sessões de terapia individuais com a criança. Muitas vezes nesse primeiro momento já é possível planejar a estrutura das sessões de acordo com a maior necessidade. Em alguns casos, pode ser que o atendimento seja mais focado nas sessões com os pais, pois a maior dificuldade está no relacionamento com os filhos.

Nas sessões com a criança, utilizamos recursos como atividades, brincadeiras, jogos, conversas e leituras para avaliar os comportamentos e compreendê-los em relação às condições nas quais ocorrem e a partir daí passamos a intervir sobre eles. Essas ferramentas possibilitam também a criação de um vínculo que é essencial para que a criança se motive e se engaje no processo. A escola, em quase todos os casos, é uma fonte de informação e também de intervenção importantíssima. Em muitos casos, as dificuldades aparecem apenas em algum ambiente, como a escola, por exemplo, e por isso esse lugar e as interações que lá ocorrem também merecem ser compreendidos.

Em meus atendimentos, procuro ter um contato frequente com os responsáveis e com as demais pessoas que exercem influência na vida da criança. Entendo que a participação da família é essencial em todo o processo. Minha função também é possibilitar aos pais tornarem-se melhores observadores e desenvolverem habilidades para solucionarem problemas e tomarem decisões mais seguras relativas à educação de seus filhos. Quando entendemos que o processo é mais abrangente que apenas o contato semanal do profissional com a criança e conseguimos integrar e engajar os demais participantes da vida da criança no processo, os resultados costumam ser muito mais satisfatórios!

Até logo, Nadia Favretto.

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