O que fazer para as crianças não sofrerem tanto com as doenças respiratórias

14.06.19

Para entender melhor sobre estas doenças, tão comuns nessa época do ano, falamos com a médica pediatra Dra. Ana Maria Aquino. Confira um pouco do nosso bate papo

Nessas últimas semanas, tenho notado alguns pais desmarcando as sessões de terapia das crianças, ou elas chegando ao consultório com alguns problemas comuns nesta época do ano. O nariz escorrendo, os olhos lustros e a falta no colégio e demais atividades devido às doenças respiratórias são alguns dos exemplos mais comuns.

Por isso, procurei a Dra. Ana Maria Aquino, médica pediatra, para entender melhor essas doenças e trazer dicas importantes de cuidados que os pais podem ter para prevenir e amenizar esses problemas.

As crianças estão doentinhas:

Um dos fatores que influenciam o aparecimento de doenças respiratórias, principalmente no inverno, é a idade. Quanto mais nova for a criança, mais suscetível ela é aos ditos germens comunitários e a essas doenças respiratórias. Abaixo dos dois anos, elas estão ainda mais vulneráveis a esses problemas.

A mudança do clima tem alguma importância?

Menos do que a gente pensa. As trocas bruscas de temperatura, de umidade e de pressão atmosférica interferem, sim, mas só no momento da mudança.

Diminuir a ingestão líquida, não manter as vias aéreas desobstruídas, deixar os ambientes fechados, não usar álcool gel para limpeza das mãos, mandar as crianças doentes para a escola, beijar e falar muito perto da criança quando nós estamos doentes, são fatores que influenciam muito mais nesse aumento de doenças respiratórias do que propriamente a troca de clima nessa época do ano.

Quais cuidados os pais podem ter em casa para prevenir os sintomas?

Para os pais, é preciso estimular uma alimentação de qualidade e tomar alguns cuidados diários:

Evitar açúcar: ele diminui muito a nossa imunidade;

– Incentivar o consumo de frutas cítricas: muito importante por conta da vitamina C;

– Ingerir legumes e verduras: eles são ricos em zinco, magnésio e manganês, elementos muito importantes quando temos infecções e alergias;

– Manter a ingestão abundante de água;

– Usar soro nasal (soro fisiológico) se o ar estiver muito seco;

– Evitar ambientes com mofo;

– Evitar pessoas que fumam;

– Cuidar com o excesso de materiais como cortina de tecido, tapetes e bichinhos de pelúcia.

O processo alérgico é uma porta de entrada para complicações como infecções e inflamações e problemas como sinusite e conjuntivite. Ao tomar esses cuidados, diminui-se as chances destas situações acontecerem.

Lembrar sempre de manter os ambientes arejados é muito importante. Nós temos o costume de fechar a casa e esse é o principal fator de proliferação dos germes e do aumento da nossa contaminação e, consequentemente, das crianças. Então, uma dica é sair com a criança de um quarto e o deixar ventilando e trocando o ar.

O que os pais podem fazer quando os primeiros sintomas aparecem?

Quando os primeiros sintomas aparecem, se o estado geral da criança é bom, ou seja, se ela mantém o seu apetite – ainda que comendo um pouco menos que o normal – se ela está ativa, se está respirando bem, se está afebril ou com uma febre baixa (menor que 38 graus), tem que tomar alguns cuidados. Mantê-la hidratada, usar soro nasal e dar um analgésico caso ela esteja chatinha e com um pouquinho de dor são algumas das principais dicas.

Em que situações é preciso levar ao médico? Quais sintomas exigem maior atenção?

Se a criança está com febre alta (acima de 38 graus) e recorrente (termo médico usado para definir febres que vão e voltam), começa a ficar apática, diminui muito o apetite, tem falta de ar e apresenta outros sintomas concomitantes, como vômito ou diarreia, é preciso procurar um médico!

Às vezes, a criança está sem nenhum sintoma, só febrezinha, mas ela já está há 48h com essa temperatura, então tem que levar no médico também! Ou antes disso, se tiver esses outros sintomas, como apatia, pouco apetite, vômito ou, eventualmente, diarreia.

Alguns sinais de preocupação e que exigem uma procura imediata ao médico são: febre alta (acima de 38 graus), criança com gemência – mesmo sem febre, mas está gemendo -, falta de ar, criança com “chio” perceptível no peito, vômitos, tosse muito frequente e ouvido vazando.

Dicas valiosas, não é, papais? Tomando todos esses cuidados, será muito mais fácil manter os pequenos menos suscetíveis a todas essas doenças respiratórias que chegam para tirar o sono de todo mundo!

Essa foi uma preciosa contribuição da querida Dra. Ana Maria da Silva Aquino, que é médica pediatra e especialista em alopatia e homeopatia.

 

Muito obrigada, Dra. Ana! Abaixo, estão os dados dela, para quem quiser entrar em contato!

CRM: 11129

Telefone para contato: (41) 3339-6603

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