22.11.18
O comportamento das crianças na escola é sempre tema de muitos debates e preocupações, principalmente quando o assunto é a indisciplina.
Olá, pessoal, tudo bem? Hoje quero falar com os educadores.
Gritos, brigas, agressividade, linguajar inapropriado, conversas paralelas e tantos outros comportamentos corriqueiros formam a famosa indisciplina dentro da sala de aula.
Antes de sair aplicando regras e castigos, é preciso procurar entender o motivo desse comportamento. Será que essas crianças agem dessa maneira por sofrerem algum tipo de perturbação afetiva? A família é bem estruturada? Os pais têm dificuldade para lidar com limites? Por que será que a indisciplina está cada vez mais frequente?
Todas essas questões são essenciais para entender o comportamento e o motivo da indisciplina. É preciso pensar a indisciplina no contexto do desenvolvimento cognitivo e emocional de cada criança, pois assim é possível compreender melhor o motivo de cada comportamento.
É essencial, para os professores, estabelecer uma relação de respeito com a criança. Uma vez que esse laço é criado e fortalecido, é possível criar um vínculo de confiança e afeto, minimizando a indisciplina e mantendo a ordem e a harmonia com a turma.
Explique de maneira clara e objetiva quais são os comportamentos que não serão tolerados e justifique o motivo dessas regras existirem e por que devem ser respeitadas.
É interessante, antes do início de cada dia, fazê-las repetir as regras, para que a ideia de certo e errado fique fixado na cabeça delas.
É extremamente importante explicar para o aluno que é o seu comportamento que está errado, e não ele. Utilize frases como “Não gosto quando você faz isso!” e não “não gosto de você porque você faz isso”. Dessa forma, o aluno aprende que sua atitude está errada, e atitudes são facilmente modificadas.
Além disso, é muito interessante fazer com que os alunos entendam isso, deixando-os chegar às suas próprias conclusões. Fazer com que a criança consiga assimilar a mensagem, e o caminho de aprendizagem que ela percorreu para entender isso, fará com que ela tenha essa sensação de responsabilidade. Faça questionamentos sobre que outras maneiras ele poderia ter lidado com a mesma situação sem sempre dar as respostas prontas.
Procurar entender onde está a raiz daquele comportamento é essencial para solucionar o problema, e muitas vezes essa compreensão só será possível a partir de uma conversa com a família. Se você perceber que, mesmo com todas as tentativas possíveis, o mau comportamento ainda continua, então é hora de mudar de estratégia.
Chame o aluno para conversar durante o intervalo ou após o horário de aula, pergunte se ele precisa de alguma ajuda e tente identificar o problema. Em muitos casos o auxílio da coordenação da escola e a colaboração dos pais são essenciais.
Gostou das dicas? Sabemos que lidar com crianças não é nada fácil, a indisciplina é algo comum, mas que pode ser resolvido com muita atenção, comprometimento e amor a profissão.
Até a próxima!
Psicóloga Nadia Favretto
CRP 08/17552