16.04.19
Seja autismo, TDAH, transtorno de conduta ou qualquer outro diagnóstico que a criança possa vir a ter, é importante entender como lidar com algo que influenciará diretamente em seu desenvolvimento.
Hoje eu vou falar um pouco sobre um assunto que é recorrente no consultório e que gera muitas dúvidas entre pais e profissionais de diversas áreas que trabalham com crianças. Nosso tema hoje são os diagnósticos! Seja de autismo, TDAH, transtorno de conduta ou qualquer outro.
Os pais ou responsáveis pelas crianças chegam a todo momento em consultórios de psicologia, neuropediatria, fonoaudiologia e tantos outros em busca de alguma classificação que define “o que a criança tem”, ou “o que a criança é”. Isso se torna importante pois acredita-se que um diagnóstico explicaria o motivo dela se comportar de determinada maneira. .
São comuns atribuições do tipo: Pedrinho não para quieto porque tem hiperatividade ou, Mariazinha responde ao professor porque tem transtorno opositor, ou Gustavinho prefere brincar sozinho porque é autista.
Elas tornam-se um problema pois quando justificamos um comportamento devido a possíveis diagnósticos estamos rotulando a criança de acordo com o que ela é e não o que ela faz. Quando isso acontece, ficamos menos sensíveis ao que ela faz e não conseguimos agir de forma a modificar essas ações, ou a transformar as condições que a leva ela a agir dessa forma. Ou seja, não conseguimos ajudar a criança a mudar.
O que eu quero dizer é que,independente “do que a criança tem”, para que possamos ajudá-la a superar alguma dificuldade, precisamos estar atentos ao que está acontecendo ao seu redor que está influenciando na sua forma de se comportar.
Não!Eles são importantes para alguns profissionais da área médica planejarem intervenções e também são muito essenciais para famílias buscarem auxílio qualificado para melhor ajudar seus filhos. Porém, justificar comportamentos por conta de diagnósticos não, ok?
Se acreditamos que algo está errado, é preciso buscar ajuda de profissionais capacitados para entender o que está acontecendo. Porém, também é necessário observar a criança em casa e nas interações com amiguinhos, ir até a escola para perguntar se está tudo bem e ficar atento a sua relação com a criança. Tudo isso nos dará dados importantes para entender e mais ainda, nos ajudará a mudar as formas como as relações na vida dela estão ocorrendo para que ela melhore!
Acredite, diagnósticos não definem comportamentos! Todo ser humano tem um repertório rico e que muda continuamente, independente “do que ele tem”. Sempre vamos conseguir ajudar uma criança com alguma dificuldade a melhorar, mudando a forma com que ela se relaciona com o mundo.
Beijos!
Psicóloga Nadia